À Bandeira da República
No galope do minuano
Tremula a velha bandeira
Testemunha e companheira
Da epopéia farroupilha
Quando andou nestas coxilhas
Nas mãos do negro farrapo
E mesmo virada em trapo
Não deixou de ser caudilha;
Quantas lutas presenciastes
Por estes rincões do pampa
Mantendo firme a estampa
Do gaúcho em sua essência
E o sonho de independência
Que, plantado sobre este chão
Criou forma de coração
E transformou-se em Querência;
Apesar de tantos invernos
Mantivestes viva a cor
Do sagrado pendão tricolor
Que em muitos pagos andou
E tantas glórias guardou
Pois ainda carrega a marca
Do sangue de algum monarca
Que por cima de ti tombou;
Imagino, velha bandeira
Que se pudesses falar
Haverias de contar
Das noites de invernias
Ou dos atos de valentia
Que ainda guardas na memória
Pois fizeste parte da história
Que o gaúcho escreveu um dia;
E hoje, quando te vejo
Sempre me vem na lembrança
A silhueta de uma lança
Que um farrapo traz na mão
Pra cumprir a nobre missão
De defender esta terra
Nos tempos da Grande Guerra
Que demarcou este chão;
Mas estes tempos passaram
E pelos rincões do pampa
Não se vê mais a estampa
Do gaúcho peleador
Que sem receio ou temor
Lutou por mais igualdade
E mostrou que a liberdade
Se conquista com amor;
Onde andará o nosso orgulho ?
Me responda, velha bandeira !
Será que se perdeu na poeira
Nos corredores do pago?
Como a água do mate-amargo
Que aos poucos se vai embora
Levando um pouco da história
Que bebemos trago a trago;
Bandeira velha, farrapa
No passado foi legendária
Hoje triste e solitária
À espera de um companheiro
Que no calor do entrevero
Pudesse tentear a sorte
Ou mesmo depois da morte
Lhe servisse de baixeiro;
Trago sempre de à cabresto
O desejo ainda puro
Que nossos filhos, no futuro
Preservem o teu passado
E que sempre bem pilchado
Sem ostentar muito luxo
Ainda reste um gaúcho
Em guarda no teu costado;
Bandeira; sei que no mundo
Ninguém fica pra semente
E um dia certamente
No pago eu nunca mais ande
Mas eu quero que alguém mande
Me colocar no puro chão
E em cima do meu caixão
Uma bandeira do Rio Grande.
No galope do minuano
Tremula a velha bandeira
Testemunha e companheira
Da epopéia farroupilha
Quando andou nestas coxilhas
Nas mãos do negro farrapo
E mesmo virada em trapo
Não deixou de ser caudilha;
Quantas lutas presenciastes
Por estes rincões do pampa
Mantendo firme a estampa
Do gaúcho em sua essência
E o sonho de independência
Que, plantado sobre este chão
Criou forma de coração
E transformou-se em Querência;
Apesar de tantos invernos
Mantivestes viva a cor
Do sagrado pendão tricolor
Que em muitos pagos andou
E tantas glórias guardou
Pois ainda carrega a marca
Do sangue de algum monarca
Que por cima de ti tombou;
Imagino, velha bandeira
Que se pudesses falar
Haverias de contar
Das noites de invernias
Ou dos atos de valentia
Que ainda guardas na memória
Pois fizeste parte da história
Que o gaúcho escreveu um dia;
E hoje, quando te vejo
Sempre me vem na lembrança
A silhueta de uma lança
Que um farrapo traz na mão
Pra cumprir a nobre missão
De defender esta terra
Nos tempos da Grande Guerra
Que demarcou este chão;
Mas estes tempos passaram
E pelos rincões do pampa
Não se vê mais a estampa
Do gaúcho peleador
Que sem receio ou temor
Lutou por mais igualdade
E mostrou que a liberdade
Se conquista com amor;
Onde andará o nosso orgulho ?
Me responda, velha bandeira !
Será que se perdeu na poeira
Nos corredores do pago?
Como a água do mate-amargo
Que aos poucos se vai embora
Levando um pouco da história
Que bebemos trago a trago;
Bandeira velha, farrapa
No passado foi legendária
Hoje triste e solitária
À espera de um companheiro
Que no calor do entrevero
Pudesse tentear a sorte
Ou mesmo depois da morte
Lhe servisse de baixeiro;
Trago sempre de à cabresto
O desejo ainda puro
Que nossos filhos, no futuro
Preservem o teu passado
E que sempre bem pilchado
Sem ostentar muito luxo
Ainda reste um gaúcho
Em guarda no teu costado;
Bandeira; sei que no mundo
Ninguém fica pra semente
E um dia certamente
No pago eu nunca mais ande
Mas eu quero que alguém mande
Me colocar no puro chão
E em cima do meu caixão
Uma bandeira do Rio Grande.
Sobre Vanderlei Pinto Oliveira
Nascido em Canguçu, no Sul do Estado do Rio Grande do Sul, neto de uruguaios de origem ibérica pelo lado paterno e descendente de indígenas pelo lado materno, sou Vanderlei Pinto de Oliveira, segundo filho de Valnei Almeida de Oliveira e Zaira Pinto de Oliveira, campesinos por origem e gaúchos de alma e coração.Irmão do matemático e tradicionalista, professor Claudiomar Pinto de Oliveira.
Cresci no campo ouvindo o berro do gado,o relinchar dos potros e o cantar do quero-queros.Gaúcho de nascimento e coração, desde cedo interessei-me pelos costumes e tradições da minha terra.Formei-me o Primário, Secundário e hoje estou cursando Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Pelotas-UFPEL.
Fonte: http://www.poetasdelmundo.com/detalle-poetas.php?id=7530
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